Vídeos antes e depois terramoto...
Depois dos meus últimos dois posts tive diversos amigos e conhecidos a comentarem-me: "Ahh.. vocês estavam prevenidos, ainda bem, tinha a certeza que estavam bem por causa disso".
Nestas alturas fico com a sensação que passei uma mensagem um pouco errada. Afinal a prevenção ajuda-nos a minimizar o risco, mas tanto neste terramoto, como em futuros, quer sejam aqui, em Lisboa ou no Japão é um minimizar visto isto ser uma coisa tão maior que nós. Não existe uma situação livre de risco.
Tive um amigo que esteve no epicentro do terramoto desta semana. E para alguém super aventureiro a descrição dele foi aterradora, ainda mais porque estava com os filhos e restante família. Não só o terramoto como as horas seguintes, sem telefone, electricidade, no escuro e a saber em teoria que havia risco de tsunami (estava à beira mar).
E não é difícil de imaginar o quão pior tudo poderia ter sido. O terramoto foi às 0h02m de Domingo. Tinha sido um fim de semana prolongado e umas horas mais cedo o movimento naquela zona era muito maior visto ser o caminho de regresso de muitos de volta a Christchurch.
Às vezes explicar à distância o quão pior podia ter sido é complicado, afinal estas coisas acontecem "sempre longe".
Para os que acompanham este blog, faço diversos vídeos mas a percentagem de video que acabo por publicar é sempre residual comparado com tudo o que filmo. Resolvi e aos meus arquivos e editar duas gravações minhas de há 2 e 5 meses atrás na zona mais afectada e comparar com as filmagens aéreas de agora da proteção civil. Reparem na estrada e quantidade de carros.
Assim duas das viagens recentes que passamos no local mais afectado ficam neste video que juntei agora rapidamente:
Do minuto 1:50 até ao final do meu vídeo (anterior) estamos a passar pela zona do seguinte video:
Antes disso passamos por este local:
Na realidade o poder de terramoto é incrível de se ver com os metros que a terra levantou de um dos lados da falha. Neste dois vídeos seguintes é bem visível:
E num local que correu os olhos do mundo por causa de três vacas, a mim o que me impressiona é a quantidade de terra que se mexeu. Literalmente a montanha moveu-se:
É por uns momentos assustador e vemos o quão pequenos somos. Quantos carros não podiam estar a passar ali, mas não estavam. E o que se podia fazer? Não havia mantimentos ou rádio que fossem ajudar. Mas a realidade é que isto pode-nos passar pela cabeça mas temos de seguir em frente, a vida continua e não pode ser diferente. Acho que lidamos com isso bem pois mudamos-nos para esta país com esta consciência: um país fantástico mas sujeito à natureza e daí estamos aqui.
Vamos sofrer mais terramotos, é certo. É ainda expectável uma réplica >6.0 nas próximas semanas. Mas aprendemos com tudo isto e pode ser que fiquemos tão fortes como os neozelandeses.
Note-se que neste cenário não se vê pessoas aos gritos, choros e pânico. Tinha visto imagens do terramoto de Christchurch e no meio de caos as pessoas muitas vezes estavam em silêncio.
Finalmente um gráfico dos últimos terramotos só na nossa região (não aparecem aqui nenhuma outra região do país, mesmo que na nossa ilha).
Todos acima de 4,0 (linha verde) sente-se. Os outros na maior parte das vezes passam despercebidos mas às vezes, principalmente acima de 3,0, ainda se sentem.
Honestamente, mesmo assim e para já, não fico a gostar menos do país por isto.
E de novo, para a malta de Portugal que vive em zona de risco, não se esqueçam de pelo menos saber o que fazer em caso de emergência.
Nestas alturas fico com a sensação que passei uma mensagem um pouco errada. Afinal a prevenção ajuda-nos a minimizar o risco, mas tanto neste terramoto, como em futuros, quer sejam aqui, em Lisboa ou no Japão é um minimizar visto isto ser uma coisa tão maior que nós. Não existe uma situação livre de risco.
Tive um amigo que esteve no epicentro do terramoto desta semana. E para alguém super aventureiro a descrição dele foi aterradora, ainda mais porque estava com os filhos e restante família. Não só o terramoto como as horas seguintes, sem telefone, electricidade, no escuro e a saber em teoria que havia risco de tsunami (estava à beira mar).
E não é difícil de imaginar o quão pior tudo poderia ter sido. O terramoto foi às 0h02m de Domingo. Tinha sido um fim de semana prolongado e umas horas mais cedo o movimento naquela zona era muito maior visto ser o caminho de regresso de muitos de volta a Christchurch.
Às vezes explicar à distância o quão pior podia ter sido é complicado, afinal estas coisas acontecem "sempre longe".
Para os que acompanham este blog, faço diversos vídeos mas a percentagem de video que acabo por publicar é sempre residual comparado com tudo o que filmo. Resolvi e aos meus arquivos e editar duas gravações minhas de há 2 e 5 meses atrás na zona mais afectada e comparar com as filmagens aéreas de agora da proteção civil. Reparem na estrada e quantidade de carros.
Assim duas das viagens recentes que passamos no local mais afectado ficam neste video que juntei agora rapidamente:
Do minuto 1:50 até ao final do meu vídeo (anterior) estamos a passar pela zona do seguinte video:
Antes disso passamos por este local:
Na realidade o poder de terramoto é incrível de se ver com os metros que a terra levantou de um dos lados da falha. Neste dois vídeos seguintes é bem visível:
E num local que correu os olhos do mundo por causa de três vacas, a mim o que me impressiona é a quantidade de terra que se mexeu. Literalmente a montanha moveu-se:
É por uns momentos assustador e vemos o quão pequenos somos. Quantos carros não podiam estar a passar ali, mas não estavam. E o que se podia fazer? Não havia mantimentos ou rádio que fossem ajudar. Mas a realidade é que isto pode-nos passar pela cabeça mas temos de seguir em frente, a vida continua e não pode ser diferente. Acho que lidamos com isso bem pois mudamos-nos para esta país com esta consciência: um país fantástico mas sujeito à natureza e daí estamos aqui.
Vamos sofrer mais terramotos, é certo. É ainda expectável uma réplica >6.0 nas próximas semanas. Mas aprendemos com tudo isto e pode ser que fiquemos tão fortes como os neozelandeses.
Note-se que neste cenário não se vê pessoas aos gritos, choros e pânico. Tinha visto imagens do terramoto de Christchurch e no meio de caos as pessoas muitas vezes estavam em silêncio.
Finalmente um gráfico dos últimos terramotos só na nossa região (não aparecem aqui nenhuma outra região do país, mesmo que na nossa ilha).
Todos acima de 4,0 (linha verde) sente-se. Os outros na maior parte das vezes passam despercebidos mas às vezes, principalmente acima de 3,0, ainda se sentem.
Honestamente, mesmo assim e para já, não fico a gostar menos do país por isto.
E de novo, para a malta de Portugal que vive em zona de risco, não se esqueçam de pelo menos saber o que fazer em caso de emergência.
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