O primeiro vôo de avião da Sofia...
Fiz o meu primeiro vôo de avião quando tinha onze anos. O destino foi a Ilha de São Miguel nos Açores.
A Sofia vai fazer o seu primeiro vôo de avião quando tiver dois meses e cinco dias de vida e o destino também vai ser uma ilha: a Ilha Norte (chama-se mesmo assim embora em alternativa possa-se dizer "Te Ika-a-Māui"). Sem dúvida que os tempos são diferentes e o nosso estilo de vida não é o mais típico.
Uma viagem que não estava nos nossos planos, mas que acaba por surgir como necessidade por sermos Portugueses, naquilo que considero uma das viagens mais desnecessárias da nossa vida. Porquê?
Por causa do nosso processo, que está a decorrer, em busca da residência permanente na Nova Zelândia ,temos de incluir a Sofia com o Passaporte de Portuguesa. Até aqui tudo normal.
Agora como é que uma recém nascida consegue obter um Passaporte Português na Nova Zelândia?
Primeiro tem que se fazer um registo no consulado de Sydney. Para este registo é preciso o certificado de nascimento e (a partir daqui é que começa o descalabro) para pagar é necessário um cheque visado que custa mais a pedir que o seu o próprio valor. Ou seja, numa altura em que se usa cartões de crédito ou transferências para todos os pagamentos, tive de usar este meio "único" de pagamento ao consulado. Ou seja, para pagar cerca de 10$ do registo paguei 30$ pelo cheque visado.
Depois é preciso tirar um bilhete de entidade (BI) ou cartão de cidadão, mas como na Nova Zelândia não se emite o cartão de cidadão a Sofia tem de tirar um BI que pode ser feito em Wellington ou Auckland. Isto tem de ser presencial para se tirar as impressões digitais ao bebé. Depois os documentos são enviados para Lisboa e tem que se esperar que sejam processados. Isto demora cerca de dois meses.
Depois disto é que finalmente se pode ir tirar o Passaporte, desta feita apenas Auckland, novamente presencial com a bebé, porque é preciso tirar novamente as impressões digitais e a foto.
Ou seja, para registar o bebé pagamos cerca de 2000$ só para transportes (os preços de tirar efectivamente tirar os documentos acaba por ser o menor custo).
A alternativa é ir a Sydney mas, como o consulado não emite Passaportes temporários para estas situação e a bebé tem de fazer o processo presencialmente, não é possível porque não é permitida a saída do país... sem Passaporte.
Agora é assim:
Eu até entendo ter de ir a Auckland tirar o Passaporte, é um questão de segurança, mas para que **** interessa o BI? Um documento completamente obsoleto que não tem equivalência na maior parte dos países civilizados do mundo. Por exemplo aqui, na Nova Zelândia, ou se usa o Passaporte para viajar para o estrangeiro ou usa-se a carta de condução, e isto serve para tudo. Não existe sequer o documento. Quando tento explicar pelo que estamos a passar e estes meses de espera nem conseguem perceber.
Por causa disto tudo vamos viajar por (des)necessidade para Wellington e aproveitar para (os três) vermos um pouco mais de perto a capital do país que chamamos casa há quase dois anos (a Sofia só há 2 meses).
Assim, vamos "desperdiçar" perto de 1000$ mas vamos tentar aproveitar um pouco isso num fim de semana.
Para alegrar o meu dia, e falando da Sofia, o que não foi desperdício de dinheiro foi um dos raros brinquedos que comprei para a Sofia (o resto tem sido tudo oferecido), o seu mobile com música... é capaz de ficar um eternidade a olhar para aquilo fascinada:
A Sofia vai fazer o seu primeiro vôo de avião quando tiver dois meses e cinco dias de vida e o destino também vai ser uma ilha: a Ilha Norte (chama-se mesmo assim embora em alternativa possa-se dizer "Te Ika-a-Māui"). Sem dúvida que os tempos são diferentes e o nosso estilo de vida não é o mais típico.
Uma viagem que não estava nos nossos planos, mas que acaba por surgir como necessidade por sermos Portugueses, naquilo que considero uma das viagens mais desnecessárias da nossa vida. Porquê?
Por causa do nosso processo, que está a decorrer, em busca da residência permanente na Nova Zelândia ,temos de incluir a Sofia com o Passaporte de Portuguesa. Até aqui tudo normal.
Agora como é que uma recém nascida consegue obter um Passaporte Português na Nova Zelândia?
Primeiro tem que se fazer um registo no consulado de Sydney. Para este registo é preciso o certificado de nascimento e (a partir daqui é que começa o descalabro) para pagar é necessário um cheque visado que custa mais a pedir que o seu o próprio valor. Ou seja, numa altura em que se usa cartões de crédito ou transferências para todos os pagamentos, tive de usar este meio "único" de pagamento ao consulado. Ou seja, para pagar cerca de 10$ do registo paguei 30$ pelo cheque visado.
Depois é preciso tirar um bilhete de entidade (BI) ou cartão de cidadão, mas como na Nova Zelândia não se emite o cartão de cidadão a Sofia tem de tirar um BI que pode ser feito em Wellington ou Auckland. Isto tem de ser presencial para se tirar as impressões digitais ao bebé. Depois os documentos são enviados para Lisboa e tem que se esperar que sejam processados. Isto demora cerca de dois meses.
Depois disto é que finalmente se pode ir tirar o Passaporte, desta feita apenas Auckland, novamente presencial com a bebé, porque é preciso tirar novamente as impressões digitais e a foto.
Ou seja, para registar o bebé pagamos cerca de 2000$ só para transportes (os preços de tirar efectivamente tirar os documentos acaba por ser o menor custo).
A alternativa é ir a Sydney mas, como o consulado não emite Passaportes temporários para estas situação e a bebé tem de fazer o processo presencialmente, não é possível porque não é permitida a saída do país... sem Passaporte.
Agora é assim:
Eu até entendo ter de ir a Auckland tirar o Passaporte, é um questão de segurança, mas para que **** interessa o BI? Um documento completamente obsoleto que não tem equivalência na maior parte dos países civilizados do mundo. Por exemplo aqui, na Nova Zelândia, ou se usa o Passaporte para viajar para o estrangeiro ou usa-se a carta de condução, e isto serve para tudo. Não existe sequer o documento. Quando tento explicar pelo que estamos a passar e estes meses de espera nem conseguem perceber.
Por causa disto tudo vamos viajar por (des)necessidade para Wellington e aproveitar para (os três) vermos um pouco mais de perto a capital do país que chamamos casa há quase dois anos (a Sofia só há 2 meses).
Assim, vamos "desperdiçar" perto de 1000$ mas vamos tentar aproveitar um pouco isso num fim de semana.
Para alegrar o meu dia, e falando da Sofia, o que não foi desperdício de dinheiro foi um dos raros brinquedos que comprei para a Sofia (o resto tem sido tudo oferecido), o seu mobile com música... é capaz de ficar um eternidade a olhar para aquilo fascinada:
E depois a viagem para a capital mais a sul do planeta... que me parece bem ventosa a julgar pela placa que vi na última vez que lá aterrei no aeroporto:
a minha simpatia, isto de viver longe tem chatices destas. :(
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