Facebook e as minhas tentações ao "lixo"...
Hoje vou escrever um pouco sobre o Facebook como início a uma coleção de posts que estou há algum tempo para escrever e que ainda não escrevi precisamente por causa do Facebook.
O meu sentimento perante esta "rede social" é parecido com aquele que tenho com o McDonalds: eu sei que não faz bem à saúde, sei que é uma porcaria e o sabor não é nada de especial. Depois de comer fica-se com um sentimento "de culpa" (pelo menos eu fico). Porém, eu gosto de comer um BigMac, dá-me algo em retorno: não sei explicar porquê, mas gosto do sabor e é "fácil e rápido".
A grande diferença é que consigo controlar a minha relação com o McDonalds e acabo por só me render à tentação umas raras vezes por ano (e já vão vários meses desde a última vez).
O Facebook é igualmente uma porcaria, a quantidade de lixo, notícias inventadas, histórias que não interessam a ninguém com um bocado de cérebro são infindáveis. Às vezes fico chocado com opiniões de pessoas que conheço pessoalmente sobre diversos assuntos (e só tenho pessoas que conheço na minha lista). Consigo perceber o que cada pessoa vai escrever sobre um assunto só pelo facto de saber quão tendenciosas são à direita ou esquerda, pelo FC Porto ou pelo Benfica, ou pelo Trump, extraterrestres ou lagartos que controlam os governos do mundo.
No entanto acabo por eu próprio usar o Facebook. Tenho regras muito próprias, tal como com o McDonalds, de forma a também minimizar o meu uso: não comento fora do meu circulo de contactos (que o Facebook chama amigos) em discussões, assim como não respondo a comentários que considero ricos em ignorância (não lhes vou mudar a opinião e só me vou chatear).
Mas sim, às vezes lá estou eu a olhar para o telemóvel para ver o que lá acontece. Provavelmente muitos dos que estão a ler este texto vieram aqui de um link que coloquei no Facebook (os restantes, segundo as minhas estatísticas encontraram o meu blog porque pensaram em se mudar para a Nova Zelândia, embora desses 95% desistam entretanto).
O que esta rede me dá em retorno é principalmente o contacto com todos aqueles que estão fisicamente longe de nós. É esta a minha tentação. O WhatsApp ajuda, mas não tem uma fonte de informação tão contínua. Se calhar muitos do que estão aqui a ler nem sabiam quem a Sofia era se não pelo Facebook,
O meu pecado com o Facebook, e daí este post, é que o Facebook é isso mesmo: comida mastigada, e por vezes é muito mais fácil de se mastigar ou dar a mastigar comida, e por isso acabo eu também por ser lá o lugar para partilhar este ou aquele momento. Esta ou aquela foto desta nossa viagem de 5 semanas em que também visitamos Portugal. E assim acabo a não dar prioridade a outras formas de comunicação, incluindo esta aqui em que escrevo este texto e desperdiçar tempo com "nada"
Este blog sempre foi o meu ponto de mostrar o meu mundo aquelas experiências que são diferentes da maior parte das rotinas. Começou com o primeiro país onde vivi no estrangeiro, quando me mudei para os Países Baixos em 2005, e tem me acompanhado até hoje. Isto antes da maioria do mundo saber o que era o Facebook ou redes sociais. Ainda assim, e estou eu aqui a pensar nos meus pecados, às vezes lá vou eu contribui com mais umas fotos que vão para sempre ficar perdidas no Facebook (ou encontradas para lhes dar lucro de alguma maneira).
Sei que não sou de letras ou dotado nas palavras mas esta é a minha verdadeira maneira de me expressar, e o Facebook "rouba-me" isso no meio dos gostos, partilhas ou comentários mais fáceis.
Assim o meu objectivo nas próximas semanas vai ser escrever a experiência de reviver Portugal (e comparar... é impossível não comparar), descrever os encantos de Buenos Aires e as maravilhas do Rio. Explicar pela milésima vez que demora 40 horas a vir de Portugal para a Nova Zelândia, das quais perto de 30 são dentro de um avião. Ainda sobre o regresso à neve.
E claro... sobre os nossos momentos, mesmo os parvos (com os nossos sorrisos "Colgate") nos locais mais distantes, como os da foto abaixo...
O meu sentimento perante esta "rede social" é parecido com aquele que tenho com o McDonalds: eu sei que não faz bem à saúde, sei que é uma porcaria e o sabor não é nada de especial. Depois de comer fica-se com um sentimento "de culpa" (pelo menos eu fico). Porém, eu gosto de comer um BigMac, dá-me algo em retorno: não sei explicar porquê, mas gosto do sabor e é "fácil e rápido".
A grande diferença é que consigo controlar a minha relação com o McDonalds e acabo por só me render à tentação umas raras vezes por ano (e já vão vários meses desde a última vez).
O Facebook é igualmente uma porcaria, a quantidade de lixo, notícias inventadas, histórias que não interessam a ninguém com um bocado de cérebro são infindáveis. Às vezes fico chocado com opiniões de pessoas que conheço pessoalmente sobre diversos assuntos (e só tenho pessoas que conheço na minha lista). Consigo perceber o que cada pessoa vai escrever sobre um assunto só pelo facto de saber quão tendenciosas são à direita ou esquerda, pelo FC Porto ou pelo Benfica, ou pelo Trump, extraterrestres ou lagartos que controlam os governos do mundo.
No entanto acabo por eu próprio usar o Facebook. Tenho regras muito próprias, tal como com o McDonalds, de forma a também minimizar o meu uso: não comento fora do meu circulo de contactos (que o Facebook chama amigos) em discussões, assim como não respondo a comentários que considero ricos em ignorância (não lhes vou mudar a opinião e só me vou chatear).
Mas sim, às vezes lá estou eu a olhar para o telemóvel para ver o que lá acontece. Provavelmente muitos dos que estão a ler este texto vieram aqui de um link que coloquei no Facebook (os restantes, segundo as minhas estatísticas encontraram o meu blog porque pensaram em se mudar para a Nova Zelândia, embora desses 95% desistam entretanto).
O que esta rede me dá em retorno é principalmente o contacto com todos aqueles que estão fisicamente longe de nós. É esta a minha tentação. O WhatsApp ajuda, mas não tem uma fonte de informação tão contínua. Se calhar muitos do que estão aqui a ler nem sabiam quem a Sofia era se não pelo Facebook,
O meu pecado com o Facebook, e daí este post, é que o Facebook é isso mesmo: comida mastigada, e por vezes é muito mais fácil de se mastigar ou dar a mastigar comida, e por isso acabo eu também por ser lá o lugar para partilhar este ou aquele momento. Esta ou aquela foto desta nossa viagem de 5 semanas em que também visitamos Portugal. E assim acabo a não dar prioridade a outras formas de comunicação, incluindo esta aqui em que escrevo este texto e desperdiçar tempo com "nada"
Este blog sempre foi o meu ponto de mostrar o meu mundo aquelas experiências que são diferentes da maior parte das rotinas. Começou com o primeiro país onde vivi no estrangeiro, quando me mudei para os Países Baixos em 2005, e tem me acompanhado até hoje. Isto antes da maioria do mundo saber o que era o Facebook ou redes sociais. Ainda assim, e estou eu aqui a pensar nos meus pecados, às vezes lá vou eu contribui com mais umas fotos que vão para sempre ficar perdidas no Facebook (ou encontradas para lhes dar lucro de alguma maneira).
Sei que não sou de letras ou dotado nas palavras mas esta é a minha verdadeira maneira de me expressar, e o Facebook "rouba-me" isso no meio dos gostos, partilhas ou comentários mais fáceis.
Assim o meu objectivo nas próximas semanas vai ser escrever a experiência de reviver Portugal (e comparar... é impossível não comparar), descrever os encantos de Buenos Aires e as maravilhas do Rio. Explicar pela milésima vez que demora 40 horas a vir de Portugal para a Nova Zelândia, das quais perto de 30 são dentro de um avião. Ainda sobre o regresso à neve.
E claro... sobre os nossos momentos, mesmo os parvos (com os nossos sorrisos "Colgate") nos locais mais distantes, como os da foto abaixo...
El Caminito - Boca - Buenos Aires - Argentina |
"Sei que não sou de letras ou dotado nas palavras..." mas mesmo assim conseguiste "agarrar-me" durante o texto todo, e não vim pelo link do face mas pelo aviso no feed notícias do Chrome! Estou ansioso pelas comparações!
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