Um mundo diferente para a Sofia...

Quando cresci todos os meus colegas de turma (até à faculdade) eram Portugueses. Havia um ou outro caso de amigos onde um dos pais era de outra nacionalidade mas sem dúvida essa era a excepção.

À medida que fui crescendo fui me considerando mais Europeu que Português (embora sempre a ser um Europeu Português). Mais tempo  passou e agora me considero-me um pouco do mundo. Se calhar é uma defesa por não nos considerarmos nem de um sítio nem de outro, dos muitos por onde passámos. Acho que isto é um processo de muitos anos.

Mas a Sofia nasceu directamente para o mundo. O país dos pais é antípoda daquela onde ela nasceu. Apesar de ter só 3 anos de idade fala duas línguas com a maior naturalidade do mundo (e provavelmente deve falar algumas palavras de outras que nós nem entendemos - um dos melhores amigo dela actualmente é Chinês).
Um dia escolhe por ela que quer ver o Frozen em "Linglês" (a maneira de ela dizer Inglês) para cantar o "Let it go", para no dia seguinte pedir que agora que ver em Português porque é a altura do "Já passou".

Com isto tudo, esta semana parei na escolinha dela a olhar a nacionalidade das crianças e professoras da sala.

Este é a turma dela actual (com as fotos tapadas)...



  • 5 com nacionalidade Chinesa
  • 3 com nacionalidade Sul Coreana
  • 2 com nacionalidade Japonesa
  • 2 com nacionalidade Indiana
  • 2 com nacionalidade do Sri Lanka
  • 1 representante de Portugal
  • 1 representante do Nepal
  • 1 representante da Tailândia
  • 12 Kiwis (incluindo Maoris)

Ou seja, mais de metade da sua turma atual é composta por "estrangeiros"...

Isto excluindo outras crianças que a Sofia já teve nas "salas" anteriores onde já houve mais Europeus (neste momento a Sofia é a única), incluindo Espanhóis e Ingleses, Africanos, Americanos e muitos outros Asiáticos.

Gosto particularmente que ela cresça próximo de outras culturas (sem nunca esquecer a nossa) de forma a crescer com a consciência que existe todo um mundo para além daquele onde vivemos que pode ser bem diferente e que só se tem real consciência convivendo com ela (e não através de um ecrã). Entre as pessoas que tenho melhores relações incluiu Iranianos, Sauditas, Espanhóis, Brasileiros, Canadianos, Alemães, Malaios e Holandeses, por isso quero que ela perceba o quão bem se pode estar com todos.

Nem que seja só para saber que há abóboras por esse mundo de tamanho familiar e que há pessoas que fazem festas só à volta destas (e isto fica para outro post)...




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