Bandeira... TPPA... E Democracia...

Já escrevi aqui bastante acerca da possível troca da bandeira da Nova Zelândia. Digo possível porque apesar de tudo que vou escrever acho pouco provável (embora eu vá votar pela troca, não fosse eu contra a Union Jack na bandeira de um país independente).

É curioso ver como as pessoas aqui se conseguem organizar e manifestar e ter alguns frutos.
Da última vez que escrevi sobre a bandeira disse que havia quatro finalistas:


Na realidade destas a única que para mim escapava era a primeira (canto superior esquerdo) e mesmo assim não era nada do outro mundo. O que mais me chocou é a escolha de duas bandeiras iguais (só com um cor diferente) e um terceira quase igual nas escolhas que vão a referendo. Quase não dar escolha às pessoas.

Tal como eu várias pessoas se queixaram e alguns sugeriram que fosse aceite uma quinta bandeira, a Red Peak:


Basicamente esta bandeira significa a tradição Maori, as montanhas e o céu de noite e de dia.
Eu pessoalmente gosto de imaginar esta bandeira da seguinte maneira:


E a verdade é que depois de uma campanha que se fez notar sobretudo online e nos meios de comunicação social esta bandeira foi aceite para ser votada no referendo, mesmo sendo assumido que o Primeiro Ministro prefere uma das bandeiras com o Silver Fern (as três que são quase iguais).

Claro que a democracia aqui vive no seu esplendor e se houve pessoas e já fazerem montagens com a Red Peak como nova bandeira (como neste caso com a Air New Zealand)...


... também surgiram pessoas a descobrir o lado negro da bandeira (como neste debate no parlamento em que um deputado criticou a inclusão da nova bandeira porque dava para fazer um cruz suástica com ela... e haja imaginação)...


Mas se estas discussões são um pouco fúteis e realmente mudar a bandeira não vai mudar nada no país, outro assunto que cada vez mais se discute nas ruas é o TPPA (Trans Pacific Partnership Agreement).
Este acordo ainda não está assinado e é tudo menos claro o que envolve ao certo. Apenas que incluirá vários países e que as condições não são claras. Muitos temem que a economia da Nova Zelândia fique prisioneira da de outros países como os Estados Unidos da América e sobretudo das suas grandes empresas.
Sinceramente, por todo este secretismo do acordo, também acredito que não traga nada de bom para estes lados (apenas muito dinheiro para empresas estrangeiras).


Seja como for a população vai reagindo com protestos, não porque lhe estão a mexer no bolso agora mas porque estão preocupados com o futuro do país. E isto é uma das coisas que admiro na democracia deste país, pelo menos comparado com Portugal.





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