As malas também emigram.

Não sei porquê mas a palavra emigrante sempre me pareceu com uma conotação negativa. 
Já vivi e trabalhei nos Países Baixos e nunca me considerei "emigrante". Acho que ainda agora não me sinto emigrante, embora a (dura?) realidade seja essa: Emigrar. E para isso é preciso muitos pequenos (mas nem sempre fáceis) passos.

Quando nos põe toda a vida que vivemos no nosso país em caixotes ficamos um bocado mais próximos dessa realidade. Do "vamos sair". 
É, no mínimo, estranho ver tudo ficar em caixotes e ser levado para um novo destino ("bué bué longe"). 

As prateleiras vazias, as coisas que se foram juntando por uma vida (que embora ainda seja curta, não deixa de ser uma vida) juntam ou separam-se umas das outras. E está mais um passo dado:








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